CPTM Ferroanel

STM cobra manifestação do Governo Federal sobre Trem Intercidades

Reunião Ferroanel e Trem Intercidades TIC (Edsom Leite - Ascom)
Reunião Ferroanel e Trem Intercidades (Edsom Leite - Ascom)

No início do ano, em 10 de janeiro, foi amplamente divulgada as rápidas tratativas entre o Governo Federal e o Estado de São Paulo para obter recursos para a construção do Ferroanel Norte e de duas linhas dos Trens Intercidades (TIC), um na região Metropolitana de Campinas e o outro no Vale do Paraíba.

Após essa reunião entre o Ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas e o Ministro da Economia Paulo Guedes, o Governador João Dória ressaltou o “sentimento de harmonia e integração absoluta” entre Governo Federal e Governo Estadual.

Cinco dias depois, em 15 de janeiro, o Secretário dos Transportes Metropolitanos, Alexandre Baldy recebeu membros do Banco Mundial que apresentaram alternativas financeiras para viabilizar o TIC.

Conforme publicamosna época, a nota de imprensa no dia falava: “Nos próximos dias, Baldy deve receber o secretário-executivo do Ministério da Infraestrutura, Marcelo Sampaio Cunha Filho, e técnicos da pasta para alinhar detalhes da parceria entre os governos estadual e federal.  Segundo o secretário, o intuito é estabelecer até 10 de fevereiro um cronograma de ações

Hoje, 21 de março, questionamos a STM sobre a não divulgação do cronograma conforme prometido e recebemos a seguinte nota:

“A Secretaria de Transportes Metropolitanos (STM) aguarda manifestação do Governo Federal para estabelecer cronograma do Trem Intercidades (TIC). A pasta depende do Ministério da Infraestrutura e da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para apresentação dos prazos de execução deste projeto prioritário para o Estado. Temos alertado semanalmente o Ministério sobre a importância de termos um cronograma estabelecido. Os detalhes de modelagem e implementação do TIC vêm sendo discutidos pela equipe técnica da STM e da CPTM junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).”

Trem Intercidades

A ideia do Governo é conceder a Linha 7 Rubi da CPTM juntamente com o TIC e lançar ainda neste ano o edital do chamamento público.

De acordo com o Ministro, ” O trem intercidades também será uma licitação privada onde vai haver compartilhamento das linhas que já existentes”

Conclusão

Se a cobrança semanal não está funcionando, e após 5 semanas da última reunião, a questão deve ser “escalada”, como é dito corporativamente.

Será que o Governador João Dória não poderia convocar uma reunião entre todos envolvidos? Afinal o maior interessado no TIC é o Estado de São Paulo.

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Fernando

É engenheiro por formação e entusiasta de obras de mobilidade urbana. Utiliza transporte individual na maioria das vezes mas acompanha e sabe da real e urgente necessidade de investimentos em infraestrutura e principalmente em transporte público aliadas com políticas públicas de redução da pendularidade do sistema de transportes

7 comentários

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    • Nos participamos nas coletivas no Palácio após a reunião de Secretariado. Nem sempre a pauta é sobre transportes. A assessoria dele já está ciente desse artigo.

  • O PSDB ser rápido e proativo em projetos de infraestrutura? Quando se quer, se faz. Por exemplo, o governo federal foi rápido e bem na primeira concessão de aeroportos e já iniciou o planejamento para a segunda fase de concessões. Já o PSDB teve 24 anos e nada se fez. A concessão da linha 6 laranja foi um verdadeiro fracasso; a linha 18 bronze continua na utopia. Dá para confiar em pessoas incompetentes e sem a menor noção de planejamento? O Doria já deixou inúmeras marcas de incompetência na prefeitura de SP e deixará muito mais na gestão do estado de SP.

  • Tanto o transporte de cargas quanto o de passageiros são maneiras de levarmos mais desenvolvimento ao nosso país. Barateando o custo das cargas.
    Seria possível abrir a iniciativa privada a construção de ferrovias sem passar pela concessao?
    Assim como foi a norte americana,?

  • Foram décadas sucateando o que existia entre o interior e são Paulo… mais décadas prometendo reconectar… e erramos mantendo o mesmo partido e congressistas no poder. Rezo para queimar minha língua, mas acredito que em 2030, ainda estaremos discutindo a concessão VCP/Sorocaba/São Paulo/ triste brasil

  • Planejar trens de alta velocidade TAV antes de trens regionais de passageiros é colocar a carroça na frente dos bois, e se governar é definir prioridades, entendo ser as prioridades no Brasil pela ordem;
    1º Trens suburbanos, Metrôs domésticos e VLT Veículos leves sobre trilhos;
    2º Expansão da ferrovia Norte Sul rumo ao Triângulo mineiro e Centro norte de SP (município de Colômbia) pelas ferrovias existentes e Ferroanel com rodoanel integrados com ligação Parelheiros Itanhaém, para cargas e passageiros;
    3º Trens de passageiros pendulares regionais (Até 180 km/h);
    4º TAV (Acima de 250 km/h), não existe nas Américas, inclusive nos EUA. (Somente após os três primeiros estiverem consolidados)
    E com relação ao cenário mundial seria;
    1º Integração Nacional;
    2º Integração Sul Americana;
    Trens de passageiros regionais são complementares e não concorrentes ao futuro TAV, pois servem as cidades não contempladas, inclusive Campinas com mais de 1,2 milhões de habitantes e potencial econômico maior do que alguns estados, e muitas capitais do Brasil, portanto comporta as duas opções.

    Pelo proposto as mesmas composições atenderiam de imediato aos trens regionais planejados nas maiores cidades brasileiras ~150 km/h utilizando alimentação elétrica existente em 3,0 kVcc, a curto prazo, já dando a diretriz do Plano Diretor quando fossem utilizadas no TAV, aí utilizando a tensão e corrente elétrica de 25 kVca, com velocidade max. de 250 km/h, uma vez que já foi determinado pela “Halcrow” velocidade média de 209km/h para o percurso Campinas Rio previsto para após o ano de 2020, se não atrasar como a maioria das obras do PAC, ou seja longo prazo, este modelo é inédito no Brasil, porém comum na Europa.

    Para esclarecer; Não se deve confundir os trens regionais de até 180 km/h com os que existiam antigamente no Brasil, que chegavam a no máximo aos 80 km/h por varias razões operacionais, e o fato de trens regionais e TAV serem de operações distintas não justifica que não tenham que se integrar, o que seria uma insensatez sendo que para a estação em SP o local sairá em locais paralelo a CPTM entre Luz e Barra Funda, podendo serem criadas a estação Bom Retiro ou a Nova Luz, no lado oposto em que se encontra a Júlio Prestes.

    Várias montadoras instaladas no tem tecnologia para fornecimento nesta configuração, inclusive os pendulares Acela e Pendolino que possuem uma compensação de suspenção que permite trafegar em curvas mais fechadas, e são mais adequados a topografia brasileira, com altíssima porcentagem de nacionalização.

    Para a integração ferroviária Sul Americana, e as principais economias após o Brasil são a Argentina, e Chile, e ambos, possuem majoritariamente a bitola de 1,676 m, (Indiana), sendo que só a Argentina possui mais de 23 mil km, o que corresponde, a ~ 4 vezes mais km que a correspondente brasileira, e km praticamente em quantidade igual a nossa métrica, e em consulta a técnicos argentinos e chilenos, os mesmos informaram serem infundadas as informações de que circulam no Brasil de que está sendo substituída por 1,43 m, e se um dia esta integração ocorrer, ela será feita com a bitola métrica, que já são existentes em outros países, como Bolívia, Colômbia e Uruguai (mista 1,43 + 1,0 m em implantação), além dos mencionados, tratando-se portanto de premissas equivocadas plantadas sem fundamento.

    Mas, quanto ao TAV (Trem de alta velocidade), hum, ”Trens regionais de passageiros poderão trafegar nas futuras linhas exclusivas do TAV”, exatamente como acontece na Ásia e Europa.

    Sua previsão é para após 2020, e poucas coisas estão definidas, como estações, trajeto etc, e o modelo projetado devera ser em bitola convergente dos trens regionais existentes 1,6m e que poderá trafegar tanto como trem regional, ou como TAV, porém, as obras deste porte tem até data para começar, mas a sua conclusão, custos e benefícios são imprevisíveis!

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