Linha 17 Metrô

O futuro do monotrilho da Linha 17 Ouro do Metrô

Estação Jardim Aeroporto Linha 17 Ouro
Estação Jardim Aeroporto e Pátio Águas Espraidas (Agnaldo Domingues)

De acordo com reportagem do SPTV 2º Edição da Rede Globo de hoje, a Scomi, empresa responsável pelo material rodante (monotrilhos) da Linha 17 Ouro sinalizou que deseja sair do consórcio.

Desde 2015 há uma disputa judicial entre Metrô e Andrade Gutierrez e CR Almeida que pediram a rescisão do contrato alegando prejuízos com os atrasos, imprevistos e cancelamentos que surgiram na obra. Em junho uma juiza de 1º grau pediu a suspensão das obras e que posteriormente foi retomada por decisão em 2º grau. Essas empresas fazem parte do Consórcio Monotrilho Integração (CMI)

Lá em 2015, a Scomi e a MPE, que também são integrantes do consórcio, preferiram não participar do pleito. Mas em 2016 a Scomi e MPE desfizeram a parceria para a construção do monotrilho no Brasil. Assim a Scomi assumiu a montagem final dos monotrilhos.

Com a notícia de hoje, parece que não há mais volta para o contrato atual com o CMI que é responsável por sistemas de sinalização, material rodante, CCO, via permanente e portas de plataforma do trecho 1 da obra. A decisão final será da justiça no entanto.

Contratos

Esse é um dos nove contratos que abrangem a construção do monotrilho da Linha 17 Ouro. A construção das estações e do pátio de estacionamento continuam – vide recente lançamento de passarela de pedestres na Estação Vereador Jose Diniz . E semana passada foi lançada mais uma.

Há também o contrato assinado esse ano para construção da Estação Morumbi – que por sinal está com um ritmo muito bom de obras e previsão para final de 2019.

Veja imagens dessa semana:

Pátio Águas Espraiadas

O foco atual das obras da Linha 17 é o pátio Águas Espraiadas, sem ele não faz sentido concluir as estações e já começar a contar a garantia das obras. E como a previsão de finalização dele é para final de 2021, há tempo suficiente – acredito eu – para o Metrô realizar uma nova licitação e que a nova fornecedora entregue os trens daqui a 3 anos.

Não adianta entregar os monotrilhos antes do pátio estar pronto. Veja alguma fotos dessa semana do gigante:

Conclusão

O futuro da linha ainda é incerto mas ao mesmo tempo é certo que será concluída, afinal já está bem avançada. Deverá ser prioridade na próxima gestão do governador.

Se ocorrer uma nova licitação, após a decisão da justiça de autorizar a rescisão com a CMI, poderemos ter a tão aguardada retomada dos trechos até Jabaquara e Paraisópolis.

Prefiro ser otimista e que seja entregue em 2022 – ano eleitoral. E que nesse ano, lembrem de todos esses problemas que a linha sofreu.

PS: Duvido muito que um dia ela chegue ao Estádio do Morumbi.

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Fernando

É engenheiro por formação e entusiasta de obras de mobilidade urbana. Utiliza transporte individual na maioria das vezes mas acompanha e sabe da real e urgente necessidade de investimentos em infraestrutura e principalmente em transporte público aliadas com políticas públicas de redução da pendularidade do sistema de transportes

10 comentários

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  • torcer para eles resolverem estes problemas, torcer para entregar uma parte em 2021, sei la para testes e afins , e até a eleição de 2022 esteja pronta e funcionando… e eu só torço para que a parte q ligaria ela até a linha 1, seja dada continuidade, essa parte seria otima para melhorar a mobilidade da parte mais ao sul da cidade rumo as regiões centrais sem ter obrigação de pegar a linha 1

  • Eu já to descrente de ver a linha 17 funcionando em Congonhas. O que dirá chegando a Jabaquara e São Paulo – Morumbi. Cada vez que chego em São Paulo, olho pras obras da estação Congonhas e vou aumentando anos que já espero por ela. Bom, se houver relicitação, que pensem e lembrem de todo o trajeto dela. Já já, Campo Belo fica pronta. E aí ficarão ela, São Paulo – Morumbi, Jabaquara e Morumbi esperando a prima dourada encontrá-las.

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