O edital divulgado hoje pelo Metrô para retomada das obras civis remanescentes do monotrilho da Linha 17 Ouro, prevê que o pátio, estações – incluindo comunicação visual e paisagismo – vias, ciclovias e recapeamento da Av. Roberto Marinho estejam finalizados em até 36 meses.
Os trechos até Jabaquara da Linha 1 Azul e São Paulo Morumbi da Linha 4 Amarela continuam suspensos. Inclusive foi confirmado que os trechos não terão obras iniciadas nesta gestão.
Objeto completo do edital: “Execução de obras civis remanescentes e implantação de acabamento, paisagismo, comunicação visual e instalações hidráulicas das estações congonhas, Brooklin Paulista, Jardim aeroporto, Vereador josé diniz, Campo Belo, Vila Cordeiro, Chucri Zaidan e Pátio Água Espraiada incluindo também ciclovia, recapeamento da avenida Roberto Marinho, edificação do centro comunitário e esportivo, fabricação e lançamento de vigas guia pré-moldadas do empreendimento linha 17 – ouro da cia do metrô.“
Essa licitação ocorre após o anúncio da decisão de rescisão unilateral em março, e posteriormente a assinatura da rescisão.
Esse edital estava previsto para agosto e parece que foi adiantado pelo Metrô. O edital destinado a aquisição de sistemas e material rodante deverá ser lançado em junho. Confira o artigo do MetrôCPTM detalhando essa separação em dois editais.
Como de praxe, a ordem de serviço será assinada em até 30 dias após a assinatura do contrato.
Mas como já sabemos, o processo licitatório quase sempre tem interposição de recursos e contra-recursos. Veja o processo das porta de plataforma que foi divulgado em setembro de 2018 e até hoje não foi homologado/adjudicado. Foram vários recursos.
Portanto com sorte, teremos a assinatura do contrato da Linha 17 ainda neste ano e também com sorte – e muita cobrança e acompanhamento da evolução das obras – teremos a Linha 17 Ouro pronta até final de 2022, conforme planejado pela Secretaria dos Transportes Metropolitanos.
Datas marco
Um dos anexos do edital é bem interessante. Nele são listadas as datas marco com o prazo máximo de algumas das atividades.
Atenção! Abaixo faremos algumas estimativas e que não são estimativas oficiais. Portanto proceda com cuidado a leitura. Vale lembra que ainda tem o contrato de sistemas, portanto as estimativas abaixo não incluem sistema de sinalização.
Notem que já teremos piso acabado na região da plataforma e mezanino das estações entre 150 e 180 dias (5 a 6 meses) – item 1.23 e item 1.24 – ou seja, com o contrato assinado ao final do ano, as estações terão pisos daqui 1 ano.
Já o lançamento das vigas-trilho faltantes (item 1.47) tem como prazo máximo 330 dias, ou seja, se o contrato for assinado ao final deste ano, só teremos as vias da Linha 17 prontas ao final de 2020 ou início de 2021.
Uma outra data marco que vale a pena mencionar é o paisagismo sob a via elevada (item 1.51 e 1.52), com prazo máximo de 810 dias (2 anos e 3 meses). Já o paisagismo na região das estações, 840 dias (2 anos e 4 meses), ou seja, ambos para o 3º trimeste de 2021 (agosto/outubro).
Já o Pátio Água Espraiadas tem as seguintes datas marco:
Conclusão
Vamos torcer para que o processo licitatório seja o mais breve possível dentro da lei nova das estatais (13.303/16).
Estaremos acompanhando de perto a evolução das obras!
Temos que cobrar, ficar em cima pra que pelo menos um trecho seja entregue, um sonho pra muitos poder pega a linha 9 descer na estação Morumbi e ir de encontro com a estação Jabaquara da linha 1.
Fernando, o edital e os anexos são disponíveis para o público? Se sim, onde consigo acessá-los? Obrigado pelo trabalho!
Aqui: https://aplic.metrosp.com.br/as0001/frontend/index.php/processo/index
Fernando,
Sempre que coloco minhas opiniões me baseio na experiência cotidiana da minha vida profissional na área de engenharia, pois trabalho em uma grande empresa estatal, dai esta minha insistência da importância do planejamento e padronização, que comprovadamente sempre produz benefícios futuros, neste aspecto possuo a mesma opinião deste consultor.
Em matéria da TV Globo, o consultor e especialista Sérgio Ejzenberg, diz que os monotrilhos não foram a melhor escolha para São Paulo.
“Uma obra deve ser feita com projetos bem feitos para não dar margens a sobrepreços e aditivos que vão encarecendo a obra que é o que a gente viu que aconteceu … Não é só um problema de má gestão … Estas obras foram feitas com decisões erradas. Lá na zona Leste, o corredor de ônibus que tá passando embaixo tá tão saturado que quando ficar pronto o monotrilho, já vai nascer saturado também. Tinha que ter feito um metrô lá. Quando [o monotrilho] ligar do extremo leste para o centro, não vai dar conta. É o oposto desta Linha 17-Ouro aqui na [avenida] Roberto Marinho, onde a demanda é tão baixa que quase não passa ônibus, não precisava gastar este dinheiro enorme quando tem tanta coisa que precisa ser feita.”