Linha 4 Metrô

Novas fotos da Estação São Paulo Morumbi da Linha 4 Amarela

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Estação São Paulo Morumbi (Consórcio HNL e 23 SUL)

O Metrô em seu penúltimo relatório, em que ainda disponibilizava os trimestres previstos de conclusão das obras, tinha como previsão entregar a Estação São Paulo Morumbi no 3º trimestre de 2018, ou seja, entre julho e setembro de 2018.

Em conversa com um funcionário da obra, a previsão de término das obras civis é por volta de setembro. Portanto ainda teria toda a parte de sistemas e sistemas auxiliares para serem concluídos, ou seja, corre-se o risco da estação ficar pronta só no início de 2019, salvo consigam terminar sistemas em 3 meses, incluindo os testes de comissionamento.

Pelo que apuramos o Metrô está cobrando – e muito – a construtora para terminar no prazo estipulado. Até recentemente funcionários da construtora não estavam trabalhando aos finais de semana.

Pelas fotos dessa semana podemos ver que está rendo feito o reaterramento de onde será o terminal de ônibus da futura Estação São Paulo Morumbi.

Futuro terminal de ônibus
Futuro terminal de ônibus

Aqui vemos um escoramento invertido. Reparem nas treliças que servem de apoio para a forma. Como o pé direito é muito alto ali – local das escadas fixas e rolantes que chegam até o mezanino – fica inviável fazer o escoramento tradicional.

Detalhe do escoramento invertido
Detalhe do escoramento invertido
Escoramento invertido na superfície
Escoramento invertido na superfície
blocos de concreto
Blocos de concreto e remoção de entulho

Todas as escadas fixas da estação já foram concretadas. Esse local fica exatamente embaixo das treliças. Nas laterais serão instaladas escadas rolantes. Nas próximas semanas será iniciado o asfaltamento do terminal de ônibus.

Escada fixa concretada
Escada fixa concretada

Novo destino

Com a inauguração, saem as placas de destino Estação Butantã e entram as placas da Estação São Paulo Morumbi. A concessionária da Linha 4-Amarela, ViaQuatro, terá que trocá-las em todas as estações informando o novo destino final da linha – pelo menos até 2020/2021 quando a Estação Vila Sônia será inaugurada.

Mais uma opção de memes para os times do futebol paulistano.

Destino Butantã
Destino Butantã
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Fernando

É engenheiro por formação e entusiasta de obras de mobilidade urbana. Utiliza transporte individual na maioria das vezes mas acompanha e sabe da real e urgente necessidade de investimentos em infraestrutura e principalmente em transporte público aliadas com políticas públicas de redução da pendularidade do sistema de transportes

19 comentários

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  • eu realmente torço para que esta estação esteja funcionando ate outubro, depois de tanto tempo de atraso, não da para ficar para 2019

    este micro terminal de onibus claramente esta atrasando mais do q devia na obra como um todo, torcer para q as linhas de onibus dele sejam realmente uteis, e não mais do mesmo para inflar os corredores da Francisco Morato e da Eliseu de Almeida, veremos

  • O problema não é a estação SP- Morumbi ficar pronta em outubro ou em fevereiro de 2019.Atrasos desse tipo em obras de grande porte são comuns. A questão principal é que a linha 4 começou no início de 2005. Uma linha de 12,8 km, que vai levar 16 anos para ficar pronta, uma média inferior à média histórica do metrô paulistano, que é de cerca de 1,6km /ano, já considerada baixa para as necessidades da metrópole. Prometida para ser feita mais rápida por ser PPP, demora mais que as já feitas somente pelo estado. Na verdade, do gasto total da linha, cerca de 70% foram com recursos do estado e os outros 30% com recursos privados, mas que foram conseguidos via empréstimos estatais, o que tira um pouco a ilusão de que o setor privado vá resolver gargalos de infra-estrutura como estes. É verdade que houve o acidente de 2007 e os atrasos da construtora responsável depois. Mas isso não mostra uma limitação também do setor privado em investir nessas obras? Nada contra a iniciativa privada. Até acho bom que o setor privado invista nessas obras, para desonerar o estado dessas obrigações.Mas , na prática é o setor público que banca os 100%(investimento direto + empréstimos via BNDES). Tanto na linha 4, como na linha 6,parada há 2 anos, as PPPS parecem não ter dado certo ou naquilo que pensavam que iam ser. Sem fontes de financiamento estáveis para obras de grande porte como o metrô, os recursos privados também não virão,mesmo sendo numa proporção de 30, 40%. Esses recursos poderiam vir da CIDE sobre combustíveis e do pedágio urbano, mas a crise dos caminhoneiros mostra que a sociedade brasileira não entende a natureza do nosso problema fiscal. Acha que há um pote de ouro, que dá para fazer tudo, sem estabelecer prioridades. Os recursos do tesouro, sejam eles federal, estadual e municipal são limitados. Se quisermos construir uma baita infraestrutura, como o metrô, por exemplo, teremos que arranjar outras fontes(um km de metrô custa entre R$ 400 e 600 milhões,mesmo que não haja nenhum desvio, na melhor das hipóteses). Usar os recursos do tesouro vai ter que comprometer outras áreas como saúde,educação e segurança e/ou quebrar o estado.

    • Se não tivéssemos tanta corrupção, cabine de emprego e tanta indicação política, São Paulo poderia estatizar uma grande construtora (talvez umas dessas da Lava Jato) que focaria em obras de mobilidade urbana. Seria composta basicamente por técnicos e ex-técnicos nos cargos de direção.

      • estatizar nao. Dá errado. A licitaçao tinha de ser justa, e sem superfaturamento, cumprindo as normas de compliance e cronogramas reais de projetos..em 2 3 anos..se initerruptos..entregaria uma linha toda, nas suas diferentes frentes de obra.

        • O grande gargalo para fazer em 3 anos são as licenças ambientais/instalação/operação e as desapropriações que na grande parte das vezes vão para justiça. Um prazo razoável é 5 a 6 anos.

  • Pelas fotos e pela enorme credibilidade do Metrô e do governo paulista no cumprimento de prazos nas diversas obras da cidade, é de se duvidar que a linha seja concluída ainda na próxima década. Nesse tempo a intervenção no sistema viário da região foi indevida e abusiva tornando a vida de pedrestes e motoristas um calvário. Já está prevista uma multa de 70 milhões pelo atraso no cronograma, é uma festa com o dinheiro do contribuinte.

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