Foi assinado hoje no Palácio dos Bandeirantes o protocolo de intenções entre o Governo Federal e o Governo do Estado de São Paulo para a construção do Ferroanel Norte. A União pretende investir R$ 3,5 bilhões no Ferroanel.
“Esse protocolo representa a aliança do Governo Federal com o Governo do Estado em menos de 30 dias. É o aproveitamento de uma grande oportunidade que é a prorrogação antecipada dos contratos de concessão de ferrovias para a viabilização de investimentos importantes”, comentou o Ministro Tarcísio Freitas.
A ideia é que em até 45 dias seja aberta a consulta pública referente ao aditivo da concessão da ferrovia federal à MRS Logística por mais 30 anos. A meta é assinar o aditivo ainda este ano e a outorga será destinada, pela União, exclusivamente ao transporte férreo.
“Depois de 45 anos de debates, o Ferroanel, em São Paulo, com o apoio do Governo Federal vai se materializar”, ressaltou o Governador João Doria
E complementa: “será uma das grandes obras do país cujo início será ainda esse ano, ou seja, já em março a expectativa é que possamos anunciar a data do início da obra. Mas com certeza absoluta com início neste ano. O prazo de execução é de 48 meses a contar a data efetiva do seu início. A previsão de movimentação de carga é de 67 milhões de toneladas/ano até 2040. O dobro do que é hoje”
Em julho de 2018 o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) aprovou que a concessionária, a MRS Logística, investisse cerca de R$ 5 bilhões na construção do trecho norte do Ferroanel, como contrapartida pela renovação da concessão.
Agora é aguardar a conclusão do projeto de engenharia do Ferroanel que conforme publicamos está em seu 7º aditivo.
Licença Ambiental
No último dia útil de dezembro de 2018 foi publicado no Diário Oficial que a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB) concedeu para Empresa de Planejamento e Logística (EPL) a licença ambiental prévia do Ferroanel Norte.
#AceleraSP
Chupa petistas
Aonde ficará aberta a consulta pública deste processo?
Saberemos daqui 45 dias quando for publicado. Não já informações ainda.
Aprovo a medida, mas acho interessante que isso já tinha sido aprovado em julho de 2018, no governo do França. Provavelmente isso iria sair independentemente de quem fosse eleito.
O projeto de engenharia foi novamente aditivado no final do ano passado pela DERSA (Estado de São Paulo). Está no 7º aditivo. O que foi aprovado em âmbito federal foi a extensão da concessão da MRS.
Exatamente, mas o marqueteiro vai dizer que é dele.
Um prêmio para a MRS que desmantelou o ramal Santos-Cajati e agora quer devolvê-lo para o Estado como está: muito pior do que recebeu. E se esquiva da obrigação de deixá-lo trafegável novamente.
Não foi a Rumo (antiga ALL)?
Odair,
Este ramal (Santos-Cajati) é de responsabilidade da RUMO (antiga ALL). A MRS não possui relação com ele.
Tomara que saia do papel mesmo. Impactará muito positivamente na qualidade do serviço dos trens da CPTM, aumentará a velocidade dos mesmo reduzindo os tempos de viagem.
Fernando, você tem alguma notícia sobre a retomada das obras da linha 6 laranja? Grato.
Ainda não! Mas está na minha lista de monitoramento
Governo errando mais uma vez no prazo… Deveria comunicar que ficará pronta em 08 anos e que terá pelo menos uns 06 aditamentos ao contrato original.
Qual o desenho desta rede? Imagens? Materia raza.
se você acompanha o blog sabe que eu não sou repetitivo. a explicação completa está no artigo do projeto Engenharia
48 meses? Isso significa, usando meu dicionário politiquês-empreiteirês-português, que teremos o ferroanel em 20, 30 anos.
Alguma novidade dessa bucha aqui?
Ainda não.
Há esperança que seja feito o ferroanel? Ja estamos a quase 6 meses dessa assinatura…
Escrevi sobre isso no artigo da MRS
A construção do Ferroanel de São Paulo – que vem se arrastando há anos, embora esta seja uma obra de grande importância para São Paulo e para o país – pode receber um grande impulso, se os governos federal e estadual, responsáveis por ela, chegarem a um acordo sobre uma proposta feita por este último. São Paulo se dispõe a elaborar o projeto executivo e a cuidar do licenciamento ambiental do Tramo Norte, entre Jundiaí e Itaquaquecetuba, ao custo estimado de R$ 15 milhões.
Deve ser ressaltada também a grande importância de uma ligação Rodo Ferroviária entre Parelheiros e Itanhaém para cargas e passageiros, o que poderá levar o presidente Bolsonaro e o governador Dória a acertarem em princípio a sua construção conjunta, deveria ser suficiente para fazer ambos dar novos passos nessa direção.
São patentes as dificuldades que a ausência do Ferroanel cria para o transporte de carga em direção ao Porto de Santos e de passageiros na região metropolitana de São Paulo geram o maior gargalo ferroviário do país. Hoje os trens de carga que se destinam àquele porto têm de utilizar linhas concomitantes com a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) que passam pela região central da capital. A concessionária que faz esse transporte só pode operar em períodos restritos, o que diminui sua eficiência e aumenta seu custo.
E a situação é agravada, porque, para aumentar sua capacidade de transporte de passageiros, a CPTM deseja diminuir o intervalo entre os seus trens. Suas razões para isso são técnicas, porque o sistema de transporte coletivo da Grande São Paulo, do qual ela é uma das responsáveis, ultrapassou o limite de sua capacidade e o número de passageiros continua aumentando. Se ela adotar aquele medida, haverá redução ainda maior da circulação dos trens de carga.
Só o Ferroanel, a começar pelo Tramo Norte, que tem de longe o maior potencial de transporte, poderá resolver o problema. Hoje, dos cerca de 2,5 milhões de contêineres que chegam anualmente ao Porto de Santos, apenas uma quantidade irrelevante 100 mil é despachada por trem, um meio de transporte mais rápido e econômico do que os caminhões. Com o Ferroanel, estima-se que o volume que por ele circulará chegue acima de um milhão de contêineres. Os benefícios para os setores mais diretamente ligados a essa atividade – produtores e transportadores – e para a economia do País como um todo serão enormes.
Ganhará também a capital e o litoral paulista, dos quais deixarão de circular cerca de 5 mil caminhões por dia, um alívio considerável para seu trânsito sempre congestionado.
Há razões técnicas fundamentadas para que uma construção rodo ferroviária concomitantemente é mais racional e econômica, deve os responsáveis pelos governos federal e estadual a deixar de lado divergências políticas. Já passou da hora para que eles aproveitarem a ocasião para demonstrar que são capazes de colocar o interesse público acima de suas ambições políticas.
Alguma atualização sobre a construção do Ferroanel?