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CPTM instalará borrachões em 19 plataformas nos próximos 11 meses

Borrachões CPTM Linha 7 Rubi
Borrachões instalados na Linha 7 Rubi (Jean Carlos)

Quem usou a Linha 7 Rubi da CPTM na Estação Luz entre ontem e hoje notou uma novidade: borrachões na bordas da plataforma 1.

De acordo com a CPTM, ” O dispositivo, já instalado na plataforma 4 (Linha 11- Coral), diminui a distância entre o trem e a plataforma e aumenta a segurança no embarque e desembarque. Cerca de 500 mil passageiros circulam diariamente pela Estação da Luz.

E ressalta: “A CPTM lembra que os passageiros devem respeitar as regras de segurança no embarque e desembarque em todas as estações, como aguardar o trem na plataforma sem ultrapassar a faixa amarela

Veja fotos compartilhadas nas redes sociais da CPTM:

E promete, ou melhor, faz um compromisso com os usuários: “Até abril do ano que vem, mais 19 plataformas das estações mais movimentadas do sistema receberão o dispositivo. São elas: Palmeiras-Barra Funda (7-Rubi), Osasco (8-Diamante), Santo Amaro (9-Esmeralda), Santo André (10-Turquesa), Brás e Tatuapé (11-Coral) e São Miguel Paulista (12-Safira). O investimento desse contrato é de cerca de R$ 7,2 milhões”

As demais estações terão um novo cronograma a partir de 2020.

Em novembro de 2018, noticiamos a assinatura do contrato desta instalação na Estação Luz da Linha 7 e nas demais estações/linhas. O investimento foi de R$ 7,2 milhões. 

CPTM borrachões Diário Oficial

De acordo com a CPTM, “os borrachões foram projetados para permitir também a passagem dos trens de carga. O desenho foi desenvolvido especialmente para as linhas da CPTM

A título de curiosidade eles são dispositivos redutores de vãos de plataforma – também chamados de extensores ou complementos de plataforma. Popularmente: borrachões.

Veja a foto enviada pelo nosso leitor Pedro Rodrigues. Notem a nítida redução do vão:

Redução do vão (Pedro Rodrigues)

Ferroanel Norte

Até que o Ferroanel Norte seja construído, a CPTM terá que continuar instalando borrachões para reduzir o vão entre o trem e a plataforma. Isso é feito pois os trens de carga são mais largos que os trens de passageiros.

A dúvida que fica é se com o Ferroanel as plataformas serão retificadas para não precisar dos borrachões.

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Fernando

É engenheiro por formação e entusiasta de obras de mobilidade urbana. Utiliza transporte individual na maioria das vezes mas acompanha e sabe da real e urgente necessidade de investimentos em infraestrutura e principalmente em transporte público aliadas com políticas públicas de redução da pendularidade do sistema de transportes

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  • Decifrando a raiz dos cartéis dos trens (Para entender esta questão da largura das carruagens)

    Túnel do tempo – fevereiro de 1998: Trens doados pela Espanha serão apresentados em São Paulo

    O governador do Estado de São Paulo, Mário Covas (PSDB), apresenta nesta segunda (16/02/1998), às 10h, na garagem da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) em Osasco, os trens espanhóis doados pela Renfe (Red Nacional de los Ferrocarilles Españoles).

    A CPTM fechou contrato no valor de R$ 93,2 milhões com a Renfe para reforma e adaptação dos trens aos padrões brasileiros. Não houve licitação. A CPTM argumentou que não haveria necessidade de abrir licitação, pois somente a Renfe teria tecnologia para fazer as reformas. Em 18 de agosto do ano passado, o Ministério Público de São Paulo abriu inquérito para apurar esse contrato.

    Na época, o presidente da Abifer (Associação Brasileira da Indústria Ferroviária), Mássimo Bianchi, afirmou que a indústria brasileira oferecia uma composição ferroviária nova (composta por uma motriz e dois vagões) por US$ 2 milhões. O preço cobrado pela Renfe para reformar uma composição usada era de US$ 1,790 milhão, o que não incluía os gastos com frete e imposto de importação.
    Folha de São Paulo – 16/02/1998

    Por ocasião da privatização de Telesp e aquisição pela “Telefônica de Espanha” postei comentários enaltecendo esta tal “doação”, e que criminosamente foi usada como propaganda política, e no decorrer do tempo, e das investigações foi desvendado o cambalacho, pois quaisquer das montadoras existentes no Brasil teriam tecnologias e condições de executarem a rebitolagem, (Possuiam a bitola Ibérica) e a adaptação para as condições locais (As carruagens vieram de largura inferior ~2,9 m as existentes padronizadas no Brasil Budd 3,15 m) e tiveram adaptadas uma plataforma (estribo) no piso em frente as portas de ~10 cm em ambos os lados (gambiarra) para se evitar o vão, com um custo muito mais justo, foi um presente de grego, com direito a um “Olé”, além da Espanha conseguir livrar-se de algo obsoleto (~30 anos de uso), que lá estavam ocupando espaço, mas havia também uma outra razão para a maracutaia, pois sendo uma doação, não se fez necessário licitar, e aí se abriu uma brecha para os gatunos agirem, foi também a partir desta época ~1996 em que os burocratas incorporam mais uma bitola (1,435 m, e uma tensão de alimentação de 1,5 kVcc no Brasil, (linhas 4 e 5 Metrô-SP e de Salvador-BA) as existentes, contrariando os técnicos que sinalizavam para a uniformização e padronização, indo na contramão da lógica, uma vez que a bitola de 1,6 m já estava consolidada nas sete maiores cidades brasileiras para trens suburbanos e metrô.

    Em tempo, A norma que dispõe da acessibilidade e ergonomia em trens urbanos é a NBR-14021 da ABNT, e no item: 5.6.4 – Vão e desnível entre o trem e a plataforma 10 cm no máximo (horizontal) e 8 cm no máximo de desnível (vertical), porém ela é omissa com relação ao comprimento máximo do estribo.

    “Quando não se aprende com os erros do passado, corre o risco de repeti-los no presente.”

    “O homem que se vende, recebe sempre mais do que vale” Barão de Itararé

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